A Mostra Internacional de Instrumentos de Tortura Medieval traz uma variedade de equipamentos medievais, todos originais, e que foram bastante usados para matar mulheres acusadas de bruxaria, traidores ou para castigar fofoqueiros. Entre as 40 peças de tortura, estão um esmagador de dedo polegar e o cinto de castidade para homens. Este último utilizado geralmente para evitar que escravos dos castelos praticassem estupros.
O instrumento que mais chama a atenção é a cadeira da inquisição. A cadeira é o instrumento mais antigo da exposição com mais de 800 anos. A cadeira era instrumento essencial em interrogatórios na Europa Central, até o ano 1846. O réu sentava-se nu, e, com o mínimo movimento, as agulhas penetravam-lhe o corpo, provocando efeitos terríveis. Em outras versões, a cadeira apresentava assento de ferro, que podia ser aquecido até ficar em brasa. “Com esta Mostra queremos despertar nas pessoas, não apenas a atenção para questões históricas, mas também sociológicas. Queremos que os visitantes reflitam, pois hoje, em todo mundo, ainda acontecem várias formas de tortura. A crueldade humana não mudou muito. Os instrumentos são diferentes, mas com igual violência”, destacou o responsável pela Mostra, o historiador italiano - Franco Gentili, que esteve na abertura do evento.
Há também a Virgem de Nuremberg, um sarcófago onde a vítima ficava de pé e era espetada em várias partes do corpo, assim que a porta era trancada. Outro instrumento de destaque é o balcão de estiramento. A vítima era colocada deitada sobre um banco e tinha os pés fixados em dois anéis. Os braços eram puxados para trás e presos com uma corda acionada por uma alavanca. A partir desse momento, começava o estiramento que, imediatamente, deslocava os ombros e as articulações do condenado, seguido pelo desmembramento da coluna vertebral e, então, pelo rompimento dos músculos, articulações, abdômen e peito. Antes desses efeitos mortais, porém, o corpo do condenado se alongava até trinta centímetros.
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